NOTÍCIASTáctica de Grupo Ofensiva
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Táctica de Grupo Ofensiva
 

Após um interregno, regressamos hoje aos Cadernos Técnicos, com mais dois trabalhos gentilmente cedido por Pedro Alvares e publicados em notícias separadas.

Relembramos que estão diversos trabalhos publicados nesta página, que poderá consultar, bastando para tal ?clicar? na rubrica ?Cadernos Técnicos?.
 
 
Táctica de Grupo Ofensiva
 
Bloqueios e cruzamentos ? aperfeiçoamento e combinação
 
O objectivo final do ataque é marcar golo, no entanto para o atingir há que utilizar determinados meios tácticos, que permitam garantir situações claras e de fácil finalização.
 
O jogo ofensivo é construído através de 3 tarefas principais, que se subdividem num grande grupo de acções. Dentro destas 3 tarefas podemos destacar:
  • As acções que os jogadores criam para obterem boas situações de remate;
  • O transporte da bola;
  • Os Remates
As acções que os jogadores criam para obterem boas situações de remate podem-se dividir em acções tácticas colectivas, acções tácticas de grupo e acções tácticas individuais.
 
Tudo começa com o jogo individual, 1x1 ou 1x2. A partir de aí, o jogador terá que criar um espaço ou boas condições de finalização para ele ou para os companheiros, coordenando muitas das acções tácticas entre si de forma complicar a acção dos adversários. O ideal será chegar sempre a situações de 1x0 em zonas do campo e com trajectórias favoráveis ao atacante.
 
 
As acções básicas de preparação do ataque
 
Os movimentos ofensivos são preparados através de duas acções simples, mas de enorme importância e que todos os jogadores devem dominar. Falamos das acções de fixação do adversário, e de ampliação de um espaço ou numa fase mais evoluída na combinação de ambas.
 
A acção de fixar um adversário significa a capacidade de atrair ou prender a atenção do defensor, de forma a atrasar a sua flutuação ou mesmo impedir que posteriormente ajude os colegas. A fixação poderá ser feita ao defensor directo ("par") ou a outro defensor que normalmente se encontra ao lado deste ("impar").
 
Quanto à sua forma as fixações poderão ser absolutas ou relativas. As fixações absolutas são aquelas que implicam sempre uma maior proximidade perante o adversário e de seguida um passe para o companheiro de equipa. A sua principal função é a de prender a atenção do adversário, através de uma simulação de remate ou penetração aos 6 metros. No final da acção de fixação devemos garantir que:
  • o defesa fixado (do lado contrário do campo de onde pretendemos finalizar) encontra-se entre o atacante e a sua baliza a uma distância curta do atacante, mas sem impedir ou dificultar a circulação da bola;
  • aumento do espaço entre os defensores, tornando-se a defesa menos compacta e densa sobre o portador da bola;
  • criação de mais espaço na zona de finalização.
 
As fixações relativas caracterizam-se por uma menor aproximação do atacante em relação ao defesa, o que permite ao atacante realizar uma finta de passe seguida de um remate rápido, que surpreenda o defesa. Um dos aspectos determinantes destas fixações encontra-se relacionado com o facto de os atacantes a realizarem assim que obtenham uma distância eficaz para o remate.
 
Quando falamos de ampliação de espaço, referimo-nos a uma acção de libertação de uma zona útil para os colegas, que normalmente é feita através do arrastamento do adversário directo para a zona contrária onde queremos criar esse espaço.
 
Estas tarefas simples são a base das acções tácticas de grupo e colectivas. Estas acções só por si não garantem o sucesso mas permitem garantir o início ou a continuidade para as acções principais de finalização. Desta forma passamos para uma fase de participação de um número maior de jogadores.
 
A coordenação das acções simples dos atacantes, como são as trajectórias ou outras mais complicadas como os bloqueios ou os écrans, realizadas com poucos jogadores (2 ou 3) permite romper a estrutura defensiva e criar nela vários desequilíbrios.
 
Assim poderemos distinguir dois tipos de procedimentos tácticos; os que procuram a superioridade numa zona eficaz como; o passe e entra, os cruzamentos e os bloqueios e os que permitem a igualdade numérica como as cortinas e os écrans.
 
 
1. Bloqueio
 
Parece paradigmático, mas no fundo o bloqueio é acção táctica mais "defensiva" que o ataque possui. Bloquear significa interromper ou impedir a passagem de um adversário em benefício de um companheiro de equipa. Através deste meio táctico o atacante impede, o deslocamento do defensor, permitindo a criação de um espaço livre para o atacante.
 
Assim o bloqueio acaba sempre por criar um desequilíbrio na estrutura defensiva através da criação de superioridade numérica ou de uma fractura na estrutura defensiva que permita um remate. O bloqueio permite igualmente diminuir a área de intervenção do defesa (espaço) ou interromper o ritmo da sua intervenção (tempo).
 
 
1.1 Condições de realização de um bloqueio
 
Um bloqueio, que é uma acção realizada com ou sem bola, implica sempre uma oposição corporal legal em benefício de um colega. O bloqueio terá de ser feito de forma estática, tendo uma duração variável (bloqueio fixo ou bloqueio momentâneo).
 
Para a realização de um bloqueio, deve o jogador que o executa adquirir uma posição estável (sempre com os dois pés em contacto com o solo) e equilibrada (pernas ligeiramente afastadas à largura dos ombros, pernas semi - flectidas), de forma a suportar o embate do defesa e não o contrário. Neste aspecto a antecipação e subtileza com que se ocupa o espaço são muito importantes para o sucesso da acção.
 
Anteriormente vimos que o bloqueio é uma acção que implica jogar sem bola, para aproveitamento de um espaço por um colega. Isso implica um maior sentido colectivo do jogo, o que em confronto com as fases iniciais de ensino do Andebol, torna o bloqueio de difícil aplicação e principalmente efeito.
 
O bloqueio representa uma acção táctica de elevado grau de complexidade em função das variantes que a constituem. A este nível a realização de um bloqueio, como qualquer acção táctica do jogo, implica a percepção das trajectórias, das velocidades e distâncias, dos adversários e companheiros para além da sua. O segundo aspecto encontra-se relacionado com a capacidade de decisão. Cabe ao atacante seleccionar o lugar, o momento, a trajectória e sua velocidade, para realizar o bloqueio. Depois de tudo analisado e decidido, temos a execução motora.
 
 
Ao longo do tempo o atacante adquirirá uma maior experiência que se acaba por reflectir, em tomadas de decisão mais acertadas, relativas a:
  • deslocamentos mais adaptados;
  • melhoria da capacidade de atenção selectiva para os aspectos essenciais do jogo;
  • capacidade de antecipação;
  • intuição para a resposta defensiva;
  • modificação de um movimento iniciado;
  • velocidade de reacção
 
Hoje em dia o bloqueio é dos meios mais utilizados no Andebol moderno. A sua variabilidade permite que este se realize com características muito próprias (de frente, de lado ou de costas, perante diversas trajectórias) e em situações muito particulares (com ou sem bola, perto ou longe da bola, ao jogador portador da bola ou sem bola, ao defensor directo ou ao impar). É um meio táctico que pode ser utilizado contra defesas zonais, combinadas ou individuais.
 
A realização de um bloqueio implica sempre uma boa relação entre o jogador que o realiza e aquele que irá beneficiar dele. Para tal cabe ao segundo jogador as tarefas de fixar e enganar os adversários, ao mesmo tempo que garantindo a posse da bola e terá de aproveitar de forma explosiva o espaço criado.
 
A grande vantagem dos bloqueios está na sua realização não ao adversário directo mas ao do companheiro, pois aí implicará dificuldades nas trocas defensivas, principalmente em diferentes linhas ou níveis defensivos.
 
Por norma os jogadores que mais bloqueios realizam são os pivots. No entanto outros jogadores podem realiza-los em situações tão específicas como nas entradas de 1ª para 2ª linha (central ou extremos), bloqueios na mesma linha, etc. Observa-se que os jogadores que mais beneficiam dos bloqueios são os laterais.
 
 
1.2 Objectivos específicos
 
A realização de um bloqueio tem como objectivos um conjunto de tarefas que vão desde a criação de espaços ao impedimento ou atrasar das acções defensivas. Poderemos então destacar os seguintes objectivos específicos:
  •  Aproveitamento das condições antropométricas (peso e altura) de um jogador para ocupar um espaço;
  •  Conseguir uma superioridade numérica numa zona específica;
  •  Libertar um atacante de uma marcação individual;
  •  Aproveitar uma vantagem espacial de um atacante sem bola sobre o seu adversário directo;
  •  Interromper a flutuação defensiva;
  • Impedir o enquadramento defensivo;
  • Atrasar ou impedir uma marcação em profundidade;
  • Criai um espaço aos 6 metros para penetração;
  •  Dificultar o jogo defensivo no 1X1;
  • Arranjar zonas e espaços livres para o remate em situações de igualdade;
  • Permitir uma maior concentração defensiva numa zona
A situação que mais vezes observamos durante a realização de um bloqueio é a de o jogador que bloqueia tomar a iniciativa e a partir de aí o portador da bola reagir à acção. No entanto também se verifica que em determinadas situações o jogador que irá beneficiar da situação tome a iniciativa, levando os defensores até ao bloqueio.
 
 
1.3 Fases do bloqueio
 
Um bloqueio é constituído por diferentes momentos. Na bibliografia encontramos 3 diferentes fases; a iniciação a realização e a exploração.
 
A fase de iniciação caracteriza-se pela análise e iniciativa do jogador que bloqueia em escolher uma zona do campo, um adversário, e a trajectória mais adaptada para se aproximar do defensor. Cabe ao jogador beneficiário desta acção observar e compreender o que se está a passar e fixar o seu adversário directo.
 
Durante a fase de realização do bloqueio, o principal objectivo consiste em interromper o deslocamento do defensor de forma orientada e o jogador beneficiário ao aperceber-se de tal muda de direcção e dirige-se para a zona livre recentemente criada.
 
A fase de exploração do bloqueio ou do espaço livre resultante, caracteriza-se pela desmarcação para um espaço livre (bloqueios dinâmicos) ou não do jogador que bloqueou enquanto o jogador beneficiário opta por rematar, penetrar aos 6 metros, passar ao jogador que bloqueou ou dar continuidade ao jogo.
 
Numa acção tradicional e simples de bloqueio participam no mínimo 4 jogadores: o jogador que bloqueia, o defesa bloqueado, o atacante que irá beneficiar do bloqueio e o defesa que virá ajudar. Mais jogadores no entanto podem ser envolvidos nesta acção, dependendo ou não da sua continuidade.
 
No que diz respeito às acções produzidas durante um bloqueio ou resultantes deste poderemos identificá-las quanto à sua trajectória, espaço, processos de análise e tomada de decisão, intervenientes, combinação, etc.
 
 
Quadro resumo das componentes tácticas do bloqueio (adaptado J. Antón, 1998)
 

 

Trajectória do jogador que bloqueia
Lateral, diagonal, frontal, por detrás ou inexistente
Posição do jogador que bloqueia
Interior, exterior, pela frente por trás
Acção posterior do jogador que bloqueia
Estática, dinâmica
Intenção do bloqueio
Premeditado ou improvisado
Orientação do jogador que bloqueia para o defesa
Frente, costas ou lateral
Trajectórias de exploração e saída do beneficiário
Normal (lado do bloqueio)
Falsa (lado contrário)
Iniciativa
Jogador que bloqueia
Bloqueio orientado pelo beneficiário
Defesa bloqueado
Par ou impar
Participação posterior do jogador que bloqueia
Bloqueio sucessivo (retomar o bloqueio)
Sucessão de bloqueios
Número de bloqueios
Simples e duplos
Relação com o beneficiário
Directa ou indirecta
Participação de outros jogadores
Bloqueios duplos sucessivos ou combinados
Relação do jogador que bloqueia com a bola
Com ou sem bola
 
 
 
Intervenção da defesa perante o bloqueio
Verdadeiro (através de contacto físico e com vantagem imediata)
Falso (antecipação defensiva que não permite a realização do bloqueio)
Ineficaz (grande concentração defensiva e boa resposta da defesa que leva a dar continuidade)
Formas de exploração
Remate, penetração, desmarcação, superioridade numérica, continuidade
Número de bloqueios simultâneos
Único ou duplo
Lugar de realização
1ª, 2ª linha defensiva ou afastado do sistema
Tempo de intervenção do jogador que bloqueia
Rápido ou longo
2. Cruzamento
 
Cruzar significa a intercepção de duas trajectórias num determinado ponto, que depois se voltam a afastar. Com esta acção táctica pretende-se criar um erro na troca de marcação junto dos adversários, através do encadeamento sucessivo e simultâneo de outros meios tácticos (bloqueios, passe e entra).
 

O cruzamento é um meio táctico de grupo, que implica sempre a participação mínima de 2 jogadores e que pretende encontrar soluções para o jogo exterior, principalmente para os remates de 1ª linha, para além de em inúmeras vezes se conseguir superioridade numérica através de penetrações aos 6 metros ou na articulação com o pivot. No entanto também é possível observar-se a participação dos extremos nestas acções tácticas.

 A aplicação de um cruzamento é feita principalmente contra defesas zonais que se preocupam principalmente em cobrir a zona de remate ou de forma individualizada. Outra das vantagens dos cruzamentos está no jogo em inferioridade numérica, no qual através da circulação contínua de jogadores, principalmente fora da seu posto específico se consegue criar situações de vantagem ou de fácil finalização.
 
 
2.1 Caracterização das trajectórias
 
Esta é uma acção táctica resulta de trajectórias largas e em profundidade do atacante que as inicia e do atacante beneficiário.
 
Pretende-se que as trajectórias em direcção à baliza sejam feitas para o lado forte ou fraco (direita ou esquerda) em combinação com as mudanças de direcção, no sentido de procurar os espaços livres entre os defensores. Caso não adquira estas características o cruzamento perde todo o seu perigo para a defesa.
 
 
2.2 Espaço de realização
 
Durante um breve momento observa-se que diferentes jogadores atacantes actuam numa mesma zona (zona cinzenta), o que lhes pode provocar condições favoráveis perante a indecisão ou o deslocamento dos defensores.
 
A chave desta acção encontra-se na coordenação de acções entre dois atacantes, que atacam sucessivamente a baliza com bola em trajectórias de sentido contrário, que coincidem num mesmo espaço e praticamente ao mesmo tempo.
 
Cabe ao atacante que inicia a acção, fixar o defesa, dificultando a acção deste e impedir ou atrasar a sua acção sobre o segundo atacante que irá beneficiar do espaço criado
 
 
2.3 Princípios do cruzamento
 
O cruzamento possui desta forma alguns princípios que devem ser respeitados:
  • O ataque ao espaço entre os defensores deve ser feito pelos dois atacantes (este não deve ser feito de forma directa mas após uma trajectória de fixação em direcção ao defensor e após uma mudança de direcção no sentido do espaço existente);
  •  Arraste do defensor para o lado contrário à trajectória do segundo atacante ( a fixação e ampliação de espaço no primeiro defensor deverá ser feita principlamente em profundidade);
  •  Intervenção sucessiva sobre o mesmo espaço pelo segundo atacante (a acção deste jogador deverá ser profunda e cruzando por detrás do primeiro atacante).
Por norma o jogador que toma a iniciativa do cruzamento é o portador da bola, no entanto este pode ser provocado por um ou mais jogadores sem bola ("coreia").
 
O número de jogadores que participa directa ou indirectamente num cruzamento varia bastante em função da pode depende.
 
A tomada de decisão perante a acção a realizar depende muita da resposta dada pela defesa.
 
 
 
2.4 Objectivos específicos
 
Quando se opta por uma determinada situação táctica, é sempre em função de um objectivo imediato que se pretende atingir no jogo. Desta forma, através de uma acção de cruzamento poderemos obter os seguintes objectivos específicos (J. Antón, 1998):
 
  • Obter uma situação clara de remate de 1ª linha;
  • Conseguir uma situação de superioridade numérica que permite a penetração aos 6 metros;
  • Confundir e atrasar a defesa perante as trajectórias dos atacantes, provocando erros na marcação;
  • Levar a defesa a subir deixando-a longe dos 6 metros o que provoca espaços para o pivot se poder desmarcar;
  • Explorar a ligação com outros meios tácticos (bloqueios, entradas) noutras zonas do campo, a partir da aglomeração provocada pelo cruzamento.
 
2.5 Tipos de cruzamentos
 
Os cruzamentos poderão ser classificados como simples, duplos ou longos. Os cruzamentos simples são aqueles que são realizados por jogadores 2 jogadores, preferencialmente colocados em postos específicos perto. Os cruzamentos duplos, resultam da continuidade de um cruzamento simples, ao qual a defesa respondeu de forma positiva à troca de adversário e seu controlo. O cruzamento duplo corresponde a uma sequência de dois cruzamentos simples.
 
Por fim os cruzamentos longos correspondem à intercepção de trajectórias entre dois jogadores de postos específicos afastados (por ex. central - extremo), no qual o jogador beneficiário terá que antecipar o seu movimento devido à dificuldade imposta pela extensão a percorrer e para que no momento da acção de cruzamento os dois jogadores estejam próximos.
 
Também se observa que em situações de superioridade pode-se provocar cruzamentos premeditados entre o portador da bola e o segundo atacante, sem a necessidade de se atacar o espaço, pois a superioridade numérica já existe.
 
Os cruzamentos podem igualmente ser classificados em relação ao número de jogadores que neles intervêm. Neste ponto teremos os cruzamentos apoiados.
 
Os cruzamentos apoiados caracterizam-se pela existência de um apoio duplo, que poderá ser exterior e interior. Os cruzamentos com apoio interior são aqueles que são realizados do lado do pivot, o qual tem a função de segurar e fixar os defensores evitando a sua saída ao portador da bola. A colocação de um pivot no meio de dois defensores coloca ainda problemas ao nível das trocas de adversários e na defesa em inferioridade temporariamente (durante um momento o defesa terá que jogar sempre 1x2 até chegar a ajuda do colega).
 
Os cruzamentos com apoio exterior ou falsos cruzamentos, são aqueles que se realizam quando os jogadores ao cruzarem as suas trajectórias o portador da bola se apercebe que os defesas; tentam antecipar as suas acções de troca de adversários, quando se deslocam excessivamente da sua zona defensiva ou quando os defesas se colocam em diferentes linhas permitindo a progressão do atacante com bola até ao fim sem a passar. Por vezes observa-se que a bola é passada para algum dos apoios exteriores (normalmente para um jogador que se encontra com mais espaço para jogar ou que se desmarca).
 
 
 
2.6 Acções individuais dos jogadores num cruzamento simples
 
 Como vimos anteriormente a realização de um meio táctico de cruzamento só é realizado com um número mínimo de 2 jogadores (excepção para as situações de cruzamentos com apoio exterior ou falsos cruzamentos). Para a realização de um cruzamento temos sempre o jogador que toma a iniciativa e o jogador que beneficia dela. A participação destes dois jogadores é feita para um conjunto de objectivos e em função de princípios que vimos anteriormente.
 
Sendo o cruzamento um meio táctico do ataque existem alguns comportamentos essenciais que devem estar sempre presentes como; a intenção constante de atacar a baliza através de penetração ou de remate sempre com o braço armado, a bacia orientada paralelamente à baliza, fixar o adversário adquirindo uma postura de perigo com o braço armado e o pé contrário ao braço dominante à frente e no assente no chão.
 
No entanto no que diz respeito à acção específica de cada jogador dentro do cruzamento existem diferenças.
 
 
Sequência das acções de cruzamento
 
Portador da bola
Beneficiário
Atacar à esquerda ou à direita do seu defensor directo
 
Melhorar a distância de remate
Fixar o seu par sem bola
Fixar o par em profundidade protegendo a bola
Mudar de direcção
Quando observar que o colega passa por trás passar a bola
Apoiar o colega cruzando por trás
Finta de passe e remate o passe a outros jogadores
Receber a bola
 
Aproveitar a vantagem ganha para remate ou penetração
 
Manter a vantagem e passar a um apoio
 
Voltar a fintar e dar início a nova acção
A combinação de diferentes movimentos, muitas vezes tem apenas como objectivo o engano dos defensores, aumentando desta forma o grau de dificuldade das tarefas defensivas.
 
A combinação de um bloqueio com um cruzamento é das acções mais complicadas para uma defesa resolver e quando bem realizada torna-se letal, devido às inúmeras possibilidades de finalização que podem surgir.
 
Esta combinação poderá ser aplicada contra os principais sistemas defensivos (5:1, 6:0 e 3:2:1), sendo determinante a percepção dos seus pontos críticos.
  • A colocação dos adversários e a sua forma de reagir;
  • O momento da realização;
  • O tempo de reacção ao estímulo do colega;
  • A mudança de ritmo (aumento da velocidade) durante a acção;
  •  A coordenação entre a trajectória de fixação
A realização de um bloqueio ? cruzamento implica sempre uma iniciativa do jogador com bola, no sentido inverso da acção final de forma a arranjar espaço para ludibriar o adversário.
 
Entre as várias acções a combinar poderemos definir as seguintes:
  • Passe e entra com cruzamento;
  • Penetrações sucessivas - cruzamento - penetrações sucessiva;
  • Cruzamento - bloqueio;
  • Circulação de jogadores - cruzamento - penetrações sucessivas;
  • Permuta - cruzamento - circulação da bola;
  • Cruzamento - penetração sucessiva - bloqueio
 

 

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